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Mancha amarela no trigo: identificação e controle

Manejo eficiente de doenças no trigo é uma prática fundamental para assegurar boa sanidade da lavoura, qualidade dos grãos e maximização da produtividade

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O trigo (Triticum spp.) representa aproximadamente 30% da produção mundial de grãos. No Brasil, segundo dados do IBGE, para o ano de 2025, a região Sul corresponderá a 86,3% da produção tritícola nacional e estima-se um rendimento de 8,1 milhões de toneladas. O cereal é amplamente utilizado na alimentação humana, na elaboração de produtos não alimentícios e na nutrição animal.


Mancha amarela

A cultura do trigo pode ser acometida por diversas doenças durante seu ciclo. A mancha amarela destaca-se como a principal doença foliar do trigo no Sul do Brasil, causando perdas significativas no rendimento da colheita e qualidade dos grãos, quando não manejada adequadamente. Estima-se que essa doença pode reduzir em 50% a produtividade quando as condições são favoráveis ao desenvolvimento do fungo, sendo que o dano pode ser maior em áreas de monocultura de trigo e em cultivares suscetíveis.


É causada por Drechslera tritici-repentis, fungo necrotrófico que sobrevive em palha de trigo deixada entre uma estação de cultivo e outra. Além do trigo, são relatados como hospedeiros a cevada (Hordeum vulgare), o centeio (Secale cereale) e o triticale (Triticosecale).

 

As condições meteorológicas ideais para o desenvolvimento são temperaturas do ar entre 18ºC e 28ºC e um período de molhamento foliar superior a 30 horas. Diante disso, em anos com maior incidência de chuvas, os danos à cultura tendem a ser mais severos, pois as condições favorecem o desenvolvimento da doença e dificultam o controle com fungicidas, devido à limitação de acesso das máquinas ao campo.



Sintomas

Os sintomas aparecem logo após a emergência, iniciando como pequenas manchas marrons com halo amarelo. A lesão frequentemente vai crescer e com o desenvolvimento da folha vai se tornando oval e ocupando grandes áreas foliares, evoluindo para necroses.



Fonte: BIOTRIGO


Controle

Uma das principais estratégias de manejo é a rotação de culturas, que elimina os restos culturais onde o patógeno sobrevive. É recomendado utilizar culturas que não são hospedeiras do fungo como o nabo forrageiro, canola, ervilhaca e aveia.

 

Além disso, deve-se evitar o cultivo de triticale, centeio e cevada na área, uma vez que também são hospedeiros do fungo. Ainda, estudos demonstram que são necessários 18 meses para haver uma total decomposição dos resíduos do cereal, diante disso, recomenda-se dois anos seguidos sem trigo com objetivo de uma maior redução desse patógeno nos restos da palhada.

 

O uso de cultivares resistentes, sementes sadias e a realização de tratamento de sementes também são estratégias de controle, assim como manter o equilíbrio nutricional da planta (evitar deficiência de nitrogênio). O tratamento de sementes com fungicidas visa eliminar ou reduzir fungos transmitidos pelas sementes, prevenindo infecções nas partes aéreas da planta. A utilização de fungicidas com ingrediente ativo iprodiona é a molécula mais eficaz para o controle desse fungo.

 

Para o uso de controle químico em parte aérea, produtos à base de estrobilurinas e de triazóis, ou misturas destes dois grupos químicos, apresentam bastante eficiência no controle das manchas foliares. Consulte o portfólio de fungicidas da 3tentos com os grupos químicos recomendados nesse site ou com um dos consultores.


Texto escrito por Lidiane Bilibio Bonfada e Luiz Henrique Manfio, membros da AGR Jr. Consultoria Agronômica, Empresa Júnior do Curso de Agronomia da UFSM Campus Frederico Westphalen, sob a orientação da professora Gizelli Moiano de Paula.


Referências


ALMEIDA, Juliano Luiz. Informações técnicas para trigo e triticale : safras 2024 & 2025. Guarapuava: Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em:https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf. Acesso em: 09 de maio de 2025.


BIOTRIGO GENÉTICA. Mancha amarela. Disponível em: https://biotrigo.com.br/pergunta/mancha-amarela/. Acesso em:07 de maio de 2025.


COSTAMILAN, Leila Maria et al.Manchas foliares. In: EMBRAPA. Agência de Informação Tecnológica. Brasília, DF: Embrapa, 2021. Disponível em: https://www.embrapa.br/en/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/trigo/producao/doencas/manchas-foliares. Acesso em: 9 maio 2025.


IBGE. Em março, IBGE prevê safra de 327,6 milhões de toneladas para 2025. Agência IBGE Notícias, 2025. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/43098-em-marco-ibge-preve-safra-de-327-6-milhoes-de-toneladas-para-2025. Acesso em: 08 de maio de 2025.


PIRES, João Leonardo Fernandes. Cultivo de trigo. 2. ed. Passo Fundo, RS: Embrapa Trigo, 2014. 354 p. Disponível em:https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1155370/cultivo-de-trigo. Acesso em: 7 maio de 2025.


SANTOS, A. F. dos; SILVA, J. R. da; OLIVEIRA, M. L. de. Aplicação curativa de fungicidas e seu efeito sobre a expansão de lesão da mancha-amarela do trigo. Ciência Rural, Santa Maria, v. 43, n. 9, p. 1622–1628, set. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cr/a/6bWvMTtPqN8gWcHcbSWRJjc/. Acesso em: 07 de maio de 2025.


TELAXKA, Fábio Junior.Manejo de giberela e mancha-amarela na cultura do trigo. 2018. 61 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, 2018. Disponível em: https://www.unicentroagronomia.com/imagens/noticias/dissertacao_final_fabio_telaxka.pdf. Acesso em: 07 de maio de 2025.

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