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Densidade e profundidade na semeadura do milho

O milho a nível mundial é uma cultura que desempenha papel fundamental tanto na alimentação humana como no animal. 

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O milho a nível mundial é uma cultura que desempenha papel fundamental tanto na alimentação humana como no animal. No Brasil, para a safra 24/25 a expectativa é de um aumento no consumo interno para 79,5 milhões de toneladas. Já para a safra 25/26 a expectativa é de um consumo interno na ordem de 80,5 milhões de toneladas, consumo esse que deve acompanhar também o aumento da produção de 122 milhões para 127 milhões de toneladas desse cereal (USDA, 2024).


A margem estreita de liquidez e os riscos climáticos enfrentados pela cultura nos últimos anos, tem forçado os produtores a maximizar sua eficiência no momento da semeadura, se atentando a fatores como densidade de plantas e profundidade da semente, fatores esses, que interferem diretamente no rendimento de grãos do milho, já que a produtividade final de grãos, está diretamente também relacionada com a uniformidade e estabelecimento da lavoura. Ou seja, não adianta ter solo de qualidade, genética no material se não tiver um bom estabelecimento da lavoura. 



Densidade

A densidade de semeadura refere-se ao número de sementes por unidade de área, onde pequenas variações na densidade podem impactar fortemente o rendimento final. Para cada sistema de produção, existe uma população que maximiza o rendimento de grãos, neste sentido, a densidade de semeadura varia de acordo com a variedade do milho, as condições do solo, edafoclimáticas e as práticas de manejo. As recomendações podem variar, mas geralmente a densidade para o milho vai de 30.000 a 90.000 plantas por hectare, dependendo do sistema de cultivo e das condições específicas (EMBRAPA).

Porém, um dos principais fatores que vai determinar se o estabelecimento da área será com alta ou baixa densidade de plantas é a disponibilidade hídrica, tendo em vista que o milho é uma cultura extremamente responsiva a água e quanto maior a população de plantas, maior também será a competição por água, então em anos com baixa disponibilidade hídrica, é recomendado não utilizar altas densidades de plantas. 

Por isso, nos nossos sistemas de produção onde os veranicos ocorrem de forma mais frequentes que outras regiões do Brasil, nosso grande desafio como técnicos e produtores está em definir estratégias de manejo de solo e plantas que melhorem a infiltração e o armazenamento de água no solo. Resumindo, água deve ficar na lavoura. 


Alta densidade de plantas

Vantagens: Elevar potencialmente a produção total e reduzir a competição com plantas invasoras.

Desvantagens: Competição intensa por nutrientes, água e luz, o que pode resultar em plantas menores e aumentar a suscetibilidade a doenças e pragas devido ao ambiente mais fechado e úmido. O aumento da densidade além do ideal resultará em decréscimo progressivo na produtividade da lavoura, redução no número de espigas por planta e no tamanho da espiga, além de potencializar problemas de acamamento. 


Baixa densidade de plantas

Vantagens: Permite que as plantas tenham mais espaço para crescer, o que pode resultar em plantas maiores e espigas mais desenvolvidas, menor competição por recursos pode levar a uma melhor sanidade das plantas e menor risco de doenças. 

Desvantagens: Menor número de plantas por hectare podem reduzir o rendimento total e a competição com plantas daninhas pode ser mais intensa.



Profundidade de semeadura


A profundidade de semeadura é um fator crucial no cultivo de milho e pode influenciar diversos aspectos do desenvolvimento da planta e da produtividade. Entretanto, a maior ou menor profundidade de semeadura vai depender do tipo de solo, da umidade do solo e da época de semeadura. Em solos com boa umidade, a profundidade adequada reduz o risco de secagem da semente, que pode ocorrer em profundidades muito rasas.Sementes semeadas muito profundamente podem precisar de uma quantidade maior de umidade para germinar, especialmente se a umidade não for consistente em todas as camadas do solo. Em solos secos ou onde a umidade é limitada, uma profundidade excessiva pode resultar em falhas na germinação, pois a semente pode não conseguir atingir uma camada de solo suficientemente úmida.


Em solos mais pesados ou argilosos, com drenagem deficiente ou com fatores que dificultam o alongamento do mesocótilo, dificultando a emergência de plântulas, as sementes devem ser colocadas entre 3 cm e 5 cm de profundidade. Já em solos mais leves ou arenosos, as sementes podem ser colocadas mais profundas, entre 5 cm e 7 cm de profundidade, para se beneficiarem do maior teor de umidade do solo (EMBRAPA).


Em um estudo buscando avaliar sete profundidades de semeadura (1 cm, 2 cm, 3 cm, 4 cm, 5 cm, 6 cm e 8 cm) na emergência e na produtividade do milho, realizado por (SCOPARO, et.al, s.d), constataram uma maior produtividade e plântulas com maior vigor na semeadura realizada com 5 centímetros de profundidade, além de produzir em torno de 50% mais quando comparada com a semeadura realizada a uma profundidade de 1 cm.


No entanto, é de extrema importância se ter conhecimento da estrutura física do solo, condições climáticas, tipo de solo e quantidade de palhada, para então, poder recomendar a profundidade ideal.


Na condição do Rio grande do Sul quando as semeaduras de milho são realizadas mais precocemente (final de julho e/ou início de agosto) quando o solo ainda está mais frio, a profundidade de semeadura deve ser menor comparada as semeaduras lá de setembro ou outubro.


Nessa época mais precoce de semeadura quando o solo ainda está mais frio, uma semeadura mais profunda (4 cm ou mais), associada a uma condição de solo úmido com selamento superficial, certamente essa semente terá dificuldade na emergência com um alto de gasto de energia que provavelmente comprometerá o desenvolvimento dessa planta.


Profundidade Adequada - Favorece uma germinação eficiente, emergência de forma uniforme e saudável, pois não precisam lutar contra uma camada muito espessa de solo, permite que as raízes se desenvolvam de forma eficiente, alcançando camadas de solo onde há água e nutrientes o que pode contribuir para um crescimento mais robusto da planta. Sementes plantadas na profundidade certa têm acesso à umidade ideal para a germinação e o crescimento inicial das plântulas.


Profundidade excessiva - Sementes plantadas muito profundamente podem ter dificuldade para emergir. O crescimento da plântula pode ser comprometido pela maior distância até a superfície, levando a uma germinação irregular ou baixa. A semente pode esgotar suas reservas de energia antes de alcançar a superfície, resultando em plantas fracas ou até mesmo na falha completa da germinação. O sistema radicular pode se desenvolver de forma inadequada, resultando em uma ancoragem mais fraca e menor acesso aos nutrientes e água.



Considerações finais


Na cultura do milho, é de extrema importância se atentar a fatores como profundidade de semente e a densidade de plantas, tendo em vista que são práticas básicas, sem alavancar custos de produção e que são determinantes para a produtividade final da lavoura, logo, que qualquer erro em alguns destes elementos pode comprometer o rendimento de grãos. Isso por que, diferentemente de outras culturas como a soja por exemplo, o milho não consegue compensar falta de planta.Sendo assim, é recomendado consultar os técnicos responsáveis, visando ser o mais assertivo possível para que se tenha um bom estabelecimento da lavoura.


Texto escrito por Diogo Moraes Verzegnazzi e Omega Saul acadêmicos do curso de Agronomia da UFSM, campus Frederico Westphalen, membros do Programa de Educação Tutorial - PET Ciências Agrárias, sob acompanhamento do tutor, professor Dr. Claudir José Basso.


Referências

BASF. “Como definir a profundidade das sementes de milho?” Disponível em: <https://agriculture.basf.com/br/pt/conteudos/cultivos-e-sementes/milho/milho-profundidade-plantio.html>. Acesso em: 29 jul. 2024.

DE SOUZA, P. H. N. et al. “EFEITO DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NA EMERGÊNCIA E DISTRIBUIÇÂO LONGITUDINAL DO MILHO (Zea mays) EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO.” Disponível em: <https://www.cpao.embrapa.br/cds/milhosafrinha2013/PDF/49.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2024.

EMBRAPA. “Espaçamento e Densidade” - Portal Embrapa. 2021 Disponível em: <https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/milho/producao/plantio/espacamento-e-densidade>. Acesso em: 29 jul. 2024.

EMBARAPA. “Por que se preocupar com a densidade de semeadura em milho?” - Portal Embrapa. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/5252480/artigo---por-que-se-preocupar-com-a-densidade-de-semeadura-em-milho>. Acesso em: 29 jul. 2024.

ESCOPARO, A.C. et.al. “O efeito da profundidade de semeadura na emergência, no desenvolvimento das plântulas e produtividade na cultura do milho (Zea mays) no município de Cambará - PR” Disponível em: <http://www.cic.fio.edu.br/anaisCIC/anais2022/pdf/02.01.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2024.


GUSMÃO, ANA. “USDA prevê redução na produção mundial de milho para 2024/25”. Disponível em: <https://www.comprerural.com/usda-preve-reducao-na-producao-mundial-de-milho-para-2024-25/#:~:text=Conforme%20as%20%C3%BAltimas%20previs%C3%B5es%20do,milh%C3%B5es%20na%20temporada%202023%2F24.> Acesso em 25 jul. 2024.

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