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Soja em terras baixas: implantação da lavoura

O estabelecimento é a fase mais crítica da soja em ambientes de terras baixas. O período compreendido entre a semeadura e a emergência é onde se tem menor controle sobre o número de plantas que se estabelecerão, possibilidade de morte de plantas e o estande final. 


Se a lavoura estiver com problemas como falta de plantas, distribuição heterogênea e desuniformidade de emergência, não mais poderão ser corrigidos e, com isso, as outras práticas de manejo não expressarão seu real potencial de resposta, comprometendo a produtividade e a renda da lavoura. Em resumo, não podemos errar.



O que diferencia áreas de terras baixas?


Fatores como localização geográfica da área, tipos de solo, áreas planas, possibilidade de inundação e presença de camadas compactadas na subsuperfície do solo, distinguem áreas de terras baixas. Há a necessidade de perfeita drenagem das águas de superfície e também melhoria do ambiente para as raízes e nódulos, para minimizar os estresses por deficiência de oxigênio ou deficiência hídrica, reduzir riscos e viabilizar o cultivo.



Manejo e adequação da área


O acompanhamento técnico é decisivo para identificar o melhor manejo das áreas na entressafra, avaliar em quais áreas há necessidade de descompactação e os métodos a serem utilizados, o perfil de solo e o equilíbrio na parte química e biológica, visando ter uma planta mais resistente, melhor estande e estabelecimento mais rápido da cultura.


Assim, antes da implantação da lavoura, a primeira preocupação deve ser a adequação das áreas para receber cultivos ditos de sequeiro, como a soja. Projetos técnicos de macro e microdrenagem são fundamentais para ter controle sobre o melhor momento de realizar as práticas de manejos nas áreas, devendo-se prever também a possibilidade de irrigação para ter segurança da produção e para obtenção de altos tetos produtivos.


Vencida essa etapa, que é fundamental e inegociável e, considerando o ambiente de terras baixas, a seguir serão apresentados os principais aspectos a serem observados para que se tenha uma ótima implantação da lavoura.



Implantação da lavoura


A meta é que a emergência das plantas seja a mais rápida e uniforme possível, pois a semeadura é uma fase muito sensível ao excesso de umidade do solo. É fundamental planejar a semeadura considerando prognósticos climáticos, evitando semear quando há possibilidade de chuvas mais intensas antes ou no período da emergência, que provocam encharcamento prolongado resultando em morte de sementes e plantas por patógenos de solo. Da mesma forma, interromper a semeadura quanto não houver mais umidade no solo para a germinação. Cuidados especiais devem ser tomados para que ocorra a uniforme distribuição de sementes na profundidade correta e a distribuição uniforme das sementes na linha de semeadura. Lavouras sem falhas e com plantas bem distribuídas, também minimizam a presença de plantas dominadas, que são aquelas que por alguma razão se estabelecem depois e, com isso, ficam em desvantagem, competitiva apresentando menor produção individual. A infestação com plantas daninhas é favorecida em áreas com falta de plantas ou plantas menos desenvolvidas. Na implantação da lavoura pode-se destacar quatro aspectos que definem em grande parte um cultivo de alto potencial:


  1. Semente;
  2. Semeadora;
  3. Semeadura;
  4. Proteção de sementes.



Semente


Em ambiente de terras baixas, utilize a semente do melhor lote, pois os estresses podem ser maiores e mais frequentes, quando comparado a ambientes de terras altas. O vigor das sementes, além da germinação e sanidade, associado à resistência genética, é muito importante na superação de estresses e para alcançar altos tetos produtivos. O objetivo é que cada semente se transforme numa unidade de produção, cuja planta deve contribuir com um determinado número de gramas, planejado de acordo com o nível tecnológico empregado.



Semeadora


A semeadora, tem papel fundamental relacionado a seus dispositivos de distribuição de sementes e fertilizantes. Por isso, a perfeita regulagem e a constante checagem das regulagens quanto à distribuição de sementes e fertilizantes deve ser objeto de atenção da equipe responsável. Muito cuidado também como os mecanismos responsáveis por proporcionar o contato semente-solo. O propósito é que as sementes tenham imediato e perfeito contato com o solo e com isso todas absorvam rapidamente a água necessária para iniciar o processo de germinação e se transformarem em plântulas, com uniformidade de emergência. Com isso, reduz-se o tempo de permanência das sementes no solo, onde estão mais sujeitas a fatores incontroláveis.



Semeadura


Quanto à semeadura, é preciso considerar a época, a velocidade e a profundidade. A época de semeadura é fator fundamental para altos rendimentos, pois se não for realizada na época preferencial para cada espécie e variedade, a resposta das outras práticas de manejo ficará abaixo do esperado. A velocidade de semeadura define a qualidade da deposição de sementes no solo. As “janelas” de semeadura muitas vezes são pequenas e a “tentação” para aumentar a velocidade deve ser contida. Igualmente, a profundidade da semeadura deve ser constantemente acompanhada, em função da época, variações de solo e umidade, chuvas, cobertura de solo, entre outros.



Proteção de sementes


A proteção de sementes, aspecto importante para buscar mais assertividade no estabelecimento da lavoura. A “genética embarcada” para resistências aos principais problemas que afetam as sementes e plantas como Phytophthora e outros patógenos de solo, é fundamental para a garantia da população de plantas e também para redução de custos da lavoura. A proteção de sementes com produtos químicos complementa o processo. Nesse sentido, a utilização de produtos biológicos deve experimentar avanços e contribuições nesta área; tecnologias de aplicação (no sulco ou na semente), eficiência, associação entre produtos químicos e biológicos são temas que estão entre as necessidades de pesquisa e validação em campos de produção.



Conclusão


Ressalta-se que há cuidados específicos para cada local, que devem ser identificados, integrando-se drenagem, ambiente radicular e implantação. E este é um outro tema que merece ser destacado: a equipe, tem que estar capacitada e motivada para realizar com precisão todas as etapas. Considero que esta seja outra nova fronteira de avanços na agricultura, pois são as pessoas que irão executar o que foi planejado, na hora certa, mas que deve ser feito para 100% da lavoura, para obter os melhores resultados.


Por fim, um resumo do que foi apresentado acima, na forma de uma figura, para facilitar o entendimento e fomentar a discussão.




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