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Biotecnologias embarcadas na semente de soja

O desenvolvimento de novas tecnologias e biotecnologias para o Agro se tornam primordiais para a sustentabilidade das atividades agrícolas

Existem dois principais fatores que impactam diretamente na demanda por agroprodutos globalmente. Sendo eles, o crescimento populacional global, o qual estima-se que atingirá 9 bilhões de pessoas no ano de 2050, e o aumento da renda per capita da população.


O agronegócio é de extrema importância para a economia global. O crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio foi de 8,36% entre os anos de 2020 e 2021, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).


Neste contexto, são necessários investimentos em inovação para otimizar o uso dos recursos naturais associados ao aumento da produção de alimentos, bioenergia e outros agroprodutos. Assim, o desenvolvimento de novas tecnologias e biotecnologias para o Agro se tornam primordiais para a sustentabilidade das atividades agrícolas.


Biotecnologia no Agro

A biotecnologia é a ciência do estudo e aplicação de métodos de genética e biologia molecular para o desenvolvimento de produtos inovadores ao mercado e às necessidades humanas. Na agricultura moderna, a biotecnologia associada ao melhoramento genético tem contribuído para o lançamento de eventos genéticos com novas características de interesse agronômico, em suma produtividade, qualidade nutricional e estresses bióticos e abióticos.


Para isso, a biotecnologia utiliza conhecimentos holísticos associados aos avanços tecnológicos para solucionar problemas e produzir produtos que realmente sejam necessários para atender às necessidades dos agricultores, além de alimentar a população global. E, para isso, é necessário, antes de disponibilizar para os consumidores, garantir a segurança alimentar destes novos bioprodutos.


Historicamente, o processo de domesticação de espécies vegetais tem início há mais de 10.000 anos, com a seleção de variedades com características de interesse. Os primeiros cruzamentos entre espécies aconteceram no final dos anos 1800. E, a partir de meados dos anos 1900, foram realizados os primeiros trabalhos de introdução de novos genes em plantas.


Na década de 1990 foram introduzidas as primeiras plantas transgênicas no mercado. Especialmente para a cultura da soja, o uso de biotecnologias tem contribuído para incrementar o potencial produtivo, com o aumento da eficiência da espécie no campo. Neste contexto, o grande marco biotecnológico da sojicultura foi o lançamento da soja Roundup Ready (RR), cujas variedades são tolerantes a herbicidas a base de glifosato.


A seguir, serão apresentadas as biotecnologias que vem marcando a história da evolução da sojicultura brasileira.


Biotecnologias da soja no Brasil

Na história da sojicultura brasileira até hoje, existem três anos que marcam a grande evolução da produção de soja no país. Nestes anos, foram lançadas novas biotecnologias no mercado brasileiro.


Roundup Ready (RR)

O lançamento da biotecnologia de soja Roundup Ready (RR) no Brasil foi no ano de 1998. O grande passo inovador deste evento transgênico foi a característica de tolerância a herbicidas à base de glifosato. Com isso, foi possibilitado menor custo e maior flexibilidade no controle de plantas daninhas, com alta eficiência e seletividade, além de baixo risco de fitotoxidez.


Intacta RR2 PRO (IPRO)

Para atender novas necessidades dos agricultores brasileiros, no ano de 2010, foi lançada a biotecnologia de soja Intacta RR2 PRO (IPRO). Esta biotecnologia, além da tolerância ao glifosato, proporcionou incremento no potencial produtivo da cultura e proteção contra lagartas da cultura, que estavam ocasionando importantes perdas produtivas. A proteína Bt (Cry1Ac) é a responsável pela alta eficácia contra a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), a lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), a broca-das-axilas (Crocidosema aporema) e a lagarta-das-maçãs (Chloridea virescens).

Intacta 2 Xtend (i2x) e Xtend refúgio

Com o propósito de promover o salto para um novo patamar de produtividade de soja, no ano de 2021 foi lançada no Brasil a biotecnologia Intacta 2 Xtend (i2x). Para tal, esta biotecnologia conta com a Plataforma Intacta 2 Xtend, contando com variedades i2x e XTEND REFÚGIO. Ambas contam com um maior controle de plantas daninhas, associando a tolerância ao glifosato à grande inovação para o controle de plantas daninhas de folha larga, com destaque para buva, caruru, corda-de-viola e picão-preto, que é a tolerância a herbicidas à base de dicamba.


As variedades i2x contam com proteção ampliada contra lagartas. Além da proteína Bt (Cry1Ac), foram adicionadas duas novas proteínas (Cry1A.105 e Cry2Ab2), resultando em um amplo espectro de proteção completa contra a lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), broca-das-axilas (Crocidosema aporema), lagarta-das-maçãs (Chloridea virescens), Helicoverpa armigera e Spodoptera cosmioides.


Com o intuito de ampliar a adoção das áreas de refúgio, prática importante para a sustentabilidade das biotecnologias no campo, a Plataforma Intacta 2 Xtend conta com as variedades XTEND, que, apesar de não ter as proteínas de proteção contra lagartas, são altamente produtivas.


Com a proposta de gerar valor junto ao agricultor brasileiro, a Plataforma Intacta 2 Xtend conta com um amplo programa de capacitação, chamado de i2x LAB. Este programa utiliza um método inovador visando capacitar toda a cadeia produtiva da soja, compartilhando conhecimentos e aprendizados construídos com uma rede de Experts do país.


Futuro das biotecnologias na semente de soja

O futuro das biotecnologias na semente de soja está atrelado a fatores para a longevidade das mesmas e a atender novas oportunidades para gerar valor junto aos agricultores.

As biotecnologias proporcionam diversos benefícios para o incremento da produtividade de soja. No entanto, a adoção de boas práticas de refúgio no cultivo a campo é imprescindível para a longevidade de uma biotecnologia a longo prazo. Essa estratégia de manejo da cultura visa a perenidade da biotecnologia e para que haja alta eficiência na produção de grãos.


Vantagens do uso dessas biotecnologias

O uso das biotecnologias no cultivo de soja expressa diversas vantagens competitivas, dentre elas:

  • Incremento de produtividade: possibilitada com o aumento da eficiência do manejo no campo, havendo menor competição da cultura da soja com plantas daninhas e danos de pragas.
  • Produção sustentável: a evolução do agronegócio com a visão da sustentabilidade busca gerenciar riscos e obter retornos econômicos aos agricultores, promover o desenvolvimento de colaboradores com qualidade, saúde e segurança, e enfrentar os desafios das mudanças climáticas globais e se atentar a novas possibilidades de preservação do meio ambiente.
  • Redução no uso de agroquímicos: as biotecnologias de proteção de cultivos auxiliam na redução do uso de agroquímicos, com a assertividade no posicionamento destes produtos de acordo com necessidades.
  • Maior eficiência operacional: com a elevada demanda por alimentos, é indiscutível a necessidade de aumentar a eficiência operacional e melhorar os resultados no campo.
  • Menor custo/ha: com todas as estratégias apresentadas anteriormente, o agricultor é o foco principal. A visão de aumentar o retorno financeiro e gerar valor com os clientes se tornou o propósito maior das empresas competitivas.
  • Adoção de sistemas de produção sustentáveis: um grande exemplo de sistema de produção sustentável implementado no Brasil foi o plantio direto na palha.


É indiscutível a importância que as biotecnologias na semente de soja têm, em associação com as tecnologias relacionadas a agricultura digital, para a constante evolução sustentável do agronegócio. O próximo passo é aumentar a adoção desta nova Era da Agricultura de forma efetiva no campo.

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